sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Disque Direitos Humanos passa a receber denúncias de homofobia.

 (17/2/2011)Rede Brasil Atual / Por: João Peres, Rede Brasil Atual
Coordenadora do Centro de Referência da Diversidade acredita que ampliação de serviço será referência para políticas contra violência à comunidade LGBT
São Paulo – A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) amplia a partir de sábado (19) o Disque Direitos Humanos, que passa a atender a denúncias de violência contra a população LGBT. No fim de 2010, o serviço já havia sido reforçado, passando a receber ligações sobre pessoas em situação de rua e idosos.
A cerimônia de lançamento do módulo voltado a gays, lésbicas, bissexuais, transsexuais, transgêneros e travestis ocorre no próximo sábado, em São Paulo, com a presença da ministra da SDH, Maria do Rosário. Criado em 2003, o serviço atendia inicialmente a denúncias de violência contra crianças e adolescentes, tendo registrado mais de dois milhões de ligações. O Disque Direitos Humanos garante o sigilo da fonte, sempre que isso seja solicitado. Os casos são encaminhados aos órgãos competentes nos estados ou mesmo no âmbito do governo federal para eventuais apurações e punições dos envolvidos em violações.
Irina Bacci, coordenadora do Centro de Referência da Diversidade, uma parceria do Grupo pela Vida e da Prefeitura de São Paulo, entende que o principal avanço garantido pela ampliação do serviço será a realização de um mapeamento completo sobre os casos de violência contra a população LGBT. Atualmente, o principal levantamento sobre crimes relacionados a homofobia é feito pelo Grupo Gay da Bahia, que anualmente elenca os casos de homicídios e agressões, em crescimento nos últimos anos.
Agora, enfim, haverá uma ferramenta centralizada que poderá dar uma noção dos tipos de crimes mais comuns e de quais são os segmentos mais atingidos. “Com esses dados em mãos, vamos conseguir mobilizar a opinião pública, os políticos brasileiros e a sociedade em geral sobre a necessidade de aprovação de projetos de lei que visem à proteção da sociedade como um todo”, avalia Irina Bacci.
No início da atual legislatura do Congresso, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) conseguiu colher assinaturas para desarquivar o Projeto de Lei 122, de 2006, que visa a criminalizar a homofobia, passando a puni-la da mesma maneira que todos os delitos de discriminação. O texto relatado pela ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO) sofreu forte resistência nos últimos anos e chegou a ser taxado como responsável pela criação de uma “ditadura gay”. Há acadêmicos, colunistas e parlamentares que defendem que o projeto tolhe a liberdade de expressão.
Irina Bacci avalia que a nova legislatura trará consigo a possibilidade de retomar o debate sob a luz de argumentos mais sérios e sem a colocação, em campos opostos, de religião e orientação sexual. “Se determinada religião pensa que é pecado ser gay, respeitamos, mas achamos que isso não é prerrogativa para que a gente continue sendo discriminado, sendo o grupo mais vulnerável do país.”
Manifestação
Após o lançamento do Disque Direitos Humanos, a comunidade LGBT de São Paulo espera realizar uma grande manifestação. Além da ministra Maria do Rosário, a senadora Marta Suplicy e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) confirmaram presença no ato, que terá início na Avenida Paulista.
O local, ponto tradicional de tolerância da diversidade, tem se transformado em palco de agressões contra a comunidade LGBT. Em novembro, um estudante foi agredido com lâmpadas por um grupo de jovens. Depois disso, pelo menos outras três manifestações de violência ocorreram naquela região. Representantes de movimentos que lutam pelos direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros avaliam que a aprovação do PL 122 inibiria esse tipo de crime.

http://www.ccr.org.br/a_noticias_detalhes.asp?cod_noticias=12311

Pacto de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres

pacto de enfrentamento à violência
legenda do pacto
Fonte: Secretaria de Política para as Mulheres

domingo, 13 de fevereiro de 2011

REUNIÃO PARA ELABORAR A MINUTA DA REGULAMENTAÇÃO DA LEI Nº. 7.851/2010 - "LEI MATERNIDADE CERTA",

A Vereadora Aladilce tem a honra de convidá-la (o) para participar da REUNIÃO PARA ELABORAR A MINUTA DA REGULAMENTAÇÃO DA LEI Nº. 7.851/2010 - "LEI MATERNIDADE CERTA", a ser realizada no dia 15 de fevereiro (terça-feira), às 09 horas, no auditório do Edifício Bahia Center (Rua Ruy Barbosa, s/n, Centro).

A sua presença é muito imporatnte!!!

contato: 3320-0253 / 0265
Gabinete da Vereadora Aladilce.

http://www.aladilce.org.br/

UNE PROMOVE III ENCONTRO DE NEGRAS E NEGROS COTISTAS

 
A previsão é de que cerca de 600 pessoas – entre estudantes, militantes e observadores – participem do III Encontro de Negros, Negras e Cotistas da UNE (União Nacional dos Estudantes).O evento, que incluirá, entre as atividades, debates, palestras e apresentações musicais, será realizado em Salvador, nos dias 20, 21 e 22 de maio. Esta terceira edição tem como objetivo levar os participantes a refletirem sobre o tema que dá nome ao encontro. “O Brasil após a expansão das políticas de ações afirmativas”.
 “O III ENUNE 2011 abrirá um espaço para os estudantes pensarem a política de cotas, que hoje já é uma realidade em mais de 70 instituições públicas de ensino superior no Brasil, mesmo que encontre  resistências em setores da sociedade. Nosso objetivo é avaliar os avanços e pensar em perspectivas futuras, o que significa avaliar estes programas (de concessão de cotas para estudantes afrodescendentes) e traçar diretrizes”. A avaliação é de Cledisson Junior, de 27 anos, diretor, desde 2009, da Diretoria de Combate ao Racismo da UNE, organismo criado em 2001, e cuja finalidade, ainda segundo Cledisson, é contribuir para a democratização do acesso à universidade, que deve estar aberta a esta parcela da população do país, que representa 50,6% do total dos brasileiros. “Além de estabelecer uma articulação entre a rede do movimento estudantil e os movimentos negros”, afirma o dirigente, que é aluno do curso de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

Os encontros para discutir as relações entre negros e a educação universitária promovidos por este organismo da UNE são bienais. No primeiro deles, realizado em 2007, os alunos e demais participantes discutiram o papel da União Nacional dos Estudantes no combate ao racismo, assumido como fator presente nas relações sociais e nas instituições do país.  Já o segundo encontro, ocorrido em 2007,” teve como proposta a apresentação de ações de apoio da entidade à política de cotas raciais”, completa Cledisson Junior.


Para os interessados em participar do II IENUNE 2011, a Diretoria de Combate ao Racismo da UNE informa os seguintes endereços:

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Reunião da Preparação do 08 de Março

Onde : Conselho Municipal da Mulher de Salvador

Horário : 17:00h


Pauta :

O8 de Março

Presentes : Área Técnica de Saúde da Mulher de Salvador , Comitê Estadual LGBT / SJCDH, Conselho Municipal da Mulher de Salvador, FETRACOM/BA, SINDOMESTICO, Grupo de Mulheres Felipa de Souza, Fundação Gregório de Matos, IMAIS/Rede Feminista de Saúde,SPM/SSA, Comissão de Mulheres da UNEGRO, Liga de Mulheres de Salvador, SINASEFE-BA, LESBIBAHIA, SINTRACOM-BA,Conselho Municipal de Saúde, Associação Beneficente e Comunitária de Tubarão .

Começamos a reunião com as mulheres se apresentando, depois falamos do 08 de março  ser na terça de carnaval, e ai pensamos de sair na mudança do Garcia porque é um momento de referencia e manifestação política.

Encaminhamentos :

1)      Vamos fazer Pirulitos (vamos aproveitar os Pirulitos que já usamos na Vigília)  vamos ter 2  Faixas uma na frente e outra atrás,
2)      Montamos uma comissão de trabalho,
3)      Tiramos uma comissão para tratar do release (Fátima, Sandra Muñoz, Vanda, Marly e Jane), para divulgação nos jornais, rádios comunitárias, jornalzinho de sindicatos, PLP/GAPA, Listas nossas....
4)      Tiramos que do dia 26 janeiro a 05 de Fevereiro estaremos recebendo idéias de frases para colocar nos pirulitos e na faixa central quem quiser mandar mande para sandramunozpedagoga@gmail.com

5)      Vamos fazer um mutirão para fazer os pirulitos em dias diferentes:
1-      Mutirão dia 11 /02  de 09:00 ás 18:00h ( Fátima, Sandra Muñoz, Val Conceição, Marly,Janildes Lima, Marlene e  Jane Alves
2-      Mutirão dia 18/02 de 09:00 ás 18:00h( Sandra Muñoz.....
3-      Mutirão dia 25/02 de 09:00 ás 18:00h ( Sandra Muñoz...

    Os horários são assim meninas, as pessoas que escolhe pela manhã (09:00 a 12:00h, ou pela tarde (14:00 a 18:00h) ta e trazer lanchinhos...
E pode colocar o nomes ai de quem quiser vim nos mutirões é só escolher a data.
É no Conselho da Mulher sempre esses mutirões.

Fizemos uma listas de materiais que vamos precisar quem poder doar trazer se tiver em casa?


1)Cartolinas,
2) Tubo de PVC
3) Pilotos
4) Cola / Branca
5) Grampeador
6)Papel
7) Fita Crepe
8)Cordão
9)Pistola / cola quente
10)Emborrachado
11)tesouras
12)Fitas
13)Pilotos
14) Tintas
15) Purpurinas

Se esqueci de alguma coisa pode completar.
Danillo Bitencount vai fazer a impressão dos cartazes para nos.

Vamos pedir água e refrigerantes, para nossa atividade .

Decidimos concentrar no Final de Linha do Garcia dia 07 de Março ás 10h.
Cada uma pode ir do jeito que quiser vestida.


Próxima reunião do Grupo : 16 de Fevereiro as 17:00h no Conselho da Municipal da Mulher .
Vou mandar lembrete dessa reunião e dos mutirões..

Informes :

1)     Danillo informou da atividade do dia da Visibilidade TRANS – dia 28 de janeiro as 15:00h na Praça da Sé ao lado da Fonte em frente a COELBA .
2)     Nery convidou todas para posse da Diretoria do SINTRACOM-BA dia 09 de Fevereiro as 18:00h no Cais Dourados / Águas de Meninos.

III Conferência de Políticas para as Mulheres vai acontecer no período de 12 a 15 de dezembro

Em clima de cooperação e debate fraterno, a primeira reunião do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres (CNDM) na gestão da ministra Iriny Lopes, ocorrida nesta quarta-feira (9/02), na Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), estabeleceu os eixos para a III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres: o combate à miséria e à pobreza, uma vez que as mulheres são parte majoritária do setor mais empobrecido, especialmente as mulheres negras, e autonomia econômica, social e política das mulheres, o que vem ao encontro e em sintonia com a prioridade do governo da presidenta Dilma Rousseff.
A III Conferência vai acontecer no período de 12 a 15 de dezembro, com a participação de três mil mulheres, será antecedida por uma grande mobilização em todas as regiões e acolherá as mais diferentes formas de organização a participação das mulheres urbanas, do campo, das florestas, ribeirinhas e dos povos e comunidades tradicionais.
Para potencializar e ampliar o debate e os espaços de participação, a Conferência utilizará as novas mídias, redes sociais, meios comunitários e alternativos de comunicação - rádios e TVs comunitárias, como forma de ampliar e refletir o diálogo e debate em todas as regiões congregando e envolvendo a diversidade de vozes nesse grande esforço para debater, elaborar e consolidar políticas Públicas para as mulheres brasileiras.
Para a ministra Iriny Lopes, "as políticas públicas para as mulheres passam pelo conjunto do governo e devem dar mais concretude à intersetorialidade e institucionalidade na execução das políticas setoriais para que cheguem até as mulheres”. Para Iriny Lopes, “políticas paras as mulheres não é problema das mulheres, é problema de governo e do país. Ela afirmou também, que a Conferência estará centrada na mudança da qualidade de vida das mulheres, em especial no combate à pobreza, mas vai para, além disso, tratará do conjunto das mulheres brasileiras em todas as suas diversidades”.
Este ano serão realizadas mais 13 conferências nacionais, dentre elas da Saúde, Educação, Previdência, Juventude, Segurança Alimentar, antecedendo a Conferência das Mulheres. Isso vai possibilitar uma estreita articulação para que as conferências nacionais contemplem, em suas deliberações, as questões dos direitos das mulheres, como um processo amplo de articulação, diálogo e cooperação, em todos os níveis, em torno dos direitos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

cartilha "Direitos da Mulher

II Encontro Nacional da AMB - Articulação de Mulheres Brasileiras

O Comitê Político da AMB - Bahia está convocando uma reunião para tratar
do II Encontro Nacional da AMB e para tanto contamos com a participação
de todas nesse processo de construção.
 
PAUTA: Formação da Caravana da Bahia;
               Mobilização de recursos;
               Discussão dos eixos temáticos;
              O que ocorrer.
DATA: 04 de fevereiro (sexta-feira)
HORÁRIO: 17 h
LOCAL: CEAFRO - Largo 02 de julho (amanhã terei a confirmação, se sur-
                                    gir alguma mudança entro em contato com todas infor-
                                    mando novo local)
Esse é um momento muito importante, por isso contamos com a força e
participação de voces RUMO AO ENAMB - Eu também vou!!!
Comitê Político AMB
Sulle Nascimento
Val Trindade
(71) 9123-6974 / 8783-0289

Reunião do Seminário Enlaçando Sexualidades

 
 
 
Informamos que a próxima reunião do Seminário Enlaçando Sexualidades está marcada para ocorrer no dia 10/02/2011, quarta feira, às 14horas.
 
A reunião será no Cedhap - Centro de Formação em Direitos Humanos e Assuntos Penais (Cedhap), no endereço Rua Bráulio Xavier, nº 57, Corredor da Vitória, ao lado da Dellicatessem Doces Sonhos.
 
Att,
 
Comissão Organizadora
Seminário Enlaçando Sexualidades 

Av. Jorge Amado, s/n, Imbuí, Salvador CEP 41710-050
TELEFONE: 3371 0107 RAMAL 215
EMAIL: nugsex@listas.uneb.br
secdiadorim@hotmail.com
Grupo de Discussão: diadorim@yahoogrupos.com.br
Site: http://www.diadorim.uneb.br/

Ciclo de debates sobre televisão, cinema e cultura popular

Ciclo de debates sobre televisão, cinema e cultura popular
SESC Belenzinho
16, 17, 23 e 24 de fevereiro de 2011, quarta e quinta, 20h

Inspirado no ensaio "Cultura e Política", do crítico literário Roberto
Schwarz, o espetáculo teatral Ópera dos Vivos, montagem da Companhia
do Latão, propõe uma reflexão sobre a cultura brasileira nos últimos
50 anos. A partir das questões levantadas pela peça, o SESC Belenzinho
organiza um ciclo de debates com intelectuais e artistas para debater
as relações entre a arte e a realidade. Confira o calendário das
atividades.

16/02 | Quarta, às 20h
Os Centros Populares de Cultura (CPC)
Iná Camargo Costa (Profa. aposentada da USP e pesquisadora das
relações entre sociedade, teatro e política)
João das Neves – (Dramaturgo e escritor. Dirigiu o teatro de rua do CPC da UNE)
Maria Silvia Betti – (Profa. da USP e pesquisadora de teatro
brasileiro e norte-americano)

17/02 | Quinta, às 20h
Televisão
Eugenio Bucci – (Jornalista e professor de jornalismo da USP e da ESPM)
Inimá Simões – (Psicólogo, jornalista e autor do livro A nossa TV Brasileira)
Maria Rita Kehl – (Psicanalista e autora do livro O tempo e o cão - a
atualidade das depressões)

23/02 | Quarta, às 20h
Cinema novo
Ismail Xavier – (Prof. da USP e autor de Alegorias do
subdesenvolvimento: Cinema Novo, Tropicalismo, Cinema Marginal)
Helena Ignez – (Atriz e diretora. Dirigiu os filmes Canção de Baal e
Luz nas Trevas - A Volta do Bandido da Luz Vermelha)
Leandro Saraiva - (Editor de cultura da revista Retrato do Brasil e
roteirista de cinema)

24/02 | Quinta, às 20h
Tropicalismo
Francisco Alambert – (Prof. da USP e autor de Bienais de São Paulo: da
era do Museu à era dos curadores, com Polyana Canhête)
Marcos Napolitano - (Prof. da USP e autor de História e Música e
Cultura Brasileira: entre a utopia e a massificação)
Walter Garcia – (Músico, professor da USP e autor do livro Bim Bom: a
contradição sem conflitos de João Gilberto)

Grátis. Retirada de ingressos no local com uma hora de antecedência.
Não recomendado para menores de 14 anos
Local: SESC Belenzinho, Rua Padre Adelino, 1.000, Metrô Belém, cep
03303-000, fone 2076-9700
email@belenzinho.sescsp.org.br
www.sescsp.org.br
0800-118220

Qual a imagem da mulher na mídia?


Por Mabel Dias

Apesar da maior presença das mulheres em cargos de chefia nos meios de comunicação, a imagem delas na mídia continua sendo deturpada.
Basta ver como são tratadas nos comerciais de TV e até nas redações onde trabalham, mesmo ocupando cargos de direção. Continuam a ser vistas como o segundo sexo. Nem precisamos falar dos jornais popularescos, que estampam em suas capas corpos de mulheres seminuas para poder vender mais, aliando a isto noticias de espetacularização da violência. Mulheres transformaram-se em produtos.
Segundo a jornalista Vera Daysi Barcelos, presidente da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, acontece uma naturalização do racismo e sexismo na mídia brasileira em geral, fator dificultador quando se pensa em projetar a imagem da mulher, em especial a da negra. “A ausência de mulheres negras e a veiculação de imagens estereotipadas causam prejuízos na identidade racial e na valorização social da população feminina afro-brasileira”, afirma.
Outro aspecto que cabe salientar, de acordo com Vera, é o estético. Mulheres que não apresentam padrões de beleza social e culturalmente valorizados encontram maior dificuldade de ingressar no mercado de trabalho como repórteres em emissoras de TV.
Já a jornalista da Republica Dominicana, Naivi Frias, e integrante da Rede Dominicana de Jornalistas com Perspectiva de Gênero, vai ainda mais longe. Ela questiona: a noticia tem sexo? E a resposta vem dada por outra comunicadora, Patricia Anzola, que afirma: “a noticia não tem sexo, porém seu tratamento sim, tem gênero”. Isto significa que quando, uma noticia é elaborada ela traz as visões de mundo que incluem nossos pré-juizos sobre o que é ser homem e ser mulher, em uma sociedade patriarcal como a nossa.
Naivi Frias cita exemplos. “Quando se entrevista uma mulher, seja para jornal ou televisão, pretendemos que ela se aparente bela, primando seu aspecto físico sobre sua experiência, pois a maioria das vezes não se exige que os homens sejam bonitos para aparecer na mídia.” Sem falar nas pautas quando são distribuídas, sendo dadas aquelas de maior complexidade, ou que causem mais impacto na opinião pública, aos jornalistas do sexo masculino.
Tenhamos um olhar crítico sobre os meios de comunicação e vejamos que espaço e papel é dado às mulheres. Assédio moral e sexual acontecem com certa freqüência, mas as denúncias são silenciadas na maioria das vezes.
Naivi Frias ressalta que o desafio para quem faz comunicação social é ter êxito em transformar seu pensamento e utilizar palavras para isto, com o objetivo de emitir mensagens que reflitam um mundo a partir de uma perspectiva igualitária, e buscando o mesmo pra as demais pessoas. Um desafio e um compromisso para os/as jornalistas.
E lança algumas perguntas: porque comprar periódicos que abusam do uso do corpo da mulher para serem vendidos?
Porque comprar produtos que apresentam as mulheres como idiotas para serem vendidos?
Porque apoiar a publicidade sexista que segue apresentando homens entre símbolos de poder e mulher como símbolo de objeto sexual ou de servilismo e submissão?
E acrescento: porque continuam a pensar programas de culinária, bordados e maquiagens para as mulheres?